EM ESPANHOL:
a) não há a distinção entre vogais abertas e fechadas como existe em
português (ô/ó; ê/é, etc.). As vogais espanholas devem pronunciar-se de modo
geral como as vogais fechadas do português. Ex.: café ("café" também em
espanhol) deve pronunciar-se “cafê”; preciosa (preciosa) deve
pronunciar-se “preciôsa”; história (historia) deve pronunciar-se
“histôria”;
b) são raríssimas
as palavras que contêm o ditongo “ou”, ao contrário do que acontece em
português. Onde há o ditongo “ou” em português haverá a vogal “o” em
espanhol: outro=otro; ouro=oro; touro=toro; pouco=poco; ou=o;
c) é muito frequente o ditongo “ie”, que geralmente corresponde à vogal “e” do português:
medo=miedo; vento=viento; gelo=hielo; tempo=tiempo. Existem, porém, muitas
exceções: seco=seco; selo=sello; mesa=mesa, etc.;
d) é também muito frequente o ditongo “ue”, que geralmente corresponde à vogal “o” do português: porta=puerta;
fogo=fuego; osso=hueso; fonte=fuente. Mas, como no caso anterior, existem
numerosas exceções: poço=pozo; tomo=tomo; rocha=roca, etc.;
e) não existem os dígrafos “ss”, “lh”, “nh” (mas existem os sons que correspondem a esses dígrafos) nem,
atualmente, a letra “ç” (“cê cedilha”);
f) há pouquíssimas palavras que terminam com a letra “m” (ítem, álbum, quórum, etc.), assim como em português há pouquíssimas
palavras que terminam com a letra “n”. As formas verbais que terminam em “m”
em português terminam em “n” em espanhol (cantam=cantan; corriam=corrían;
saíram=salieron). O artigo “um” e as preposições “em” e “com” também terminam
em “n”: um=un; em=en; com=con;
g) não existe o fonema
/z/ do português, de “casa”, “mesa”, “azar” (acaso). Na maior parte do âmbito hispânico, em lugar desse som se emprega o
som de “SS” ou “Ç”. Casa (casa)= “cassa”; mesa (mesa)= “messa”; azar
(azar)= “assar”;
h) de modo geral não se emprega o fonema /v/, ainda que
exista a letra “v”, só o fonema /b/. Palavras como “viento”, “vaca”, “visita”
pronunciam-se “biento”, “baca”, “bissita”;
i) não existe o grupo de consoantes “VR”, só “BR”:
palavra=palabra; livro=libro; lavrar=labrar;
j) há uma letra e um dígrafo que não existem em português: “ñ” (som = “nh”), “ll” (sons: “lh” ou “j” do português [mais suave
ou mais forte segundo a região], entre outros).
k) não temos til, nem acento grave (usado na crase
portuguesa), nem acento circunflexo: só o acento “agudo” do português. O “til”
(virgulilla) da letra “ñ” faz parte da letra. Ex.:
econômico=económico; vou à praia=voy a la playa; escuto uma canção=escucho una canción;
l) temos trema (diéresis) para palavras como lingüista,
pingüino, cigüeña (cegonha);
m) são
frequentes os grupos “cc” e “nm”; por exemplo: acción; extracción; inducción;
inmenso; inmortal; inmediato.
Veja alguns
exemplos:
Muitos dos meus
colegas também estudam espanhol. / Muchos de mis compañeros
también estudian español.
Um bom dicionário
é um tesouro. / Un buen diccionario es un
tesoro.
Há pouco tempo
que estudo espanhol. / Hace poco tiempo que estudio español.
Na cidade de Toledo há belas pontes.
/ En la ciudad de Toledo hay bellos puentes.
A língua se estuda
passo a passo. / La lengua se estudia paso a paso
(pronuncia-se “passo a passo”).
A lhama habita na América. / La llama habita en América.
A casa da
vizinha é muito grande. / La casa (pronuncia-se “cassa”) de la vecina es
muy grande.
Tenho carinho
pelos livros. / Tengo cariño por los libros.
Presto atenção a cada aula. / Presto
atención en cada clase.
Hoje vou à
faculdade. / Hoy voy a la facultad.
A cegonha faz seu ninho nos
campanários e nas torres. / La cigüeña hace su nido en los campanarios y
en las torres.
O gênero dos substantivos muda de
uma língua para outra. /
El género de los sustantivos cambia de una lengua a otra.
Necessitamos
de mais ação e menos conversação. / Necesitamos más acción
y menos conversación.
Esta biblioteca é imensa. / Esta biblioteca es inmensa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário